Principais Características:
Tipo prioritário de uso: Mesa (considerada fina)
Características Biológicas: Vigor: moderado.
Características Morfológicas:
A Rubi surgiu de uma mutação somática constatada em pomar comercial de uva 'Itália' do Sr. Kotaro Okuyama, em 1972, no município de Santa Mariana, Estado do Paraná. Apresenta as mesmas características da cultivar Itália, com exceção da cor da película que apresenta-se rosada. Para que a Rubi apresente uma boa coloração, tanto em tonalidade quanto em uniformidade, o período de maturação deve ocorrer em períodos com amplitude térmica, ou seja, com temperaturas quentes durante o dia e frias durante a noite.
Região de origem: Santa Mariana no Sul do Brasil.
Outras informações:
A variedade rubi é uma variedade que aqui se desenvolveu e que não se encontra em nenhum outro país. Entre as vantagens dessa sepa, em relação à itália, está a economia de mão-de-obra, pois não é preciso mais fazer a análise do índice de brix do cacho de uvas para constatação do grau de maturação. Na rubi, a coloração indica o ponto mais apreciável do paladar. Em 1978, 13 municípios do Paraná e São Paulo já possuiam 6 mil pés e Iboti, no Rio Grande do Sul, cerca de trezentas plantas, sem contar 500 mudas que a Cooperativa Agrícola de Cotia recebeu para distribuição, com uma produção prevista para 1980, de 100 mil caixas, no mínimo. Hoje á produção está estimada em 700 mil caixas.
Ano de lançamento da tecnologia: 1973
Origem:
A uva rubi nasceu quando, em 1968, o fruticultor Kotaro Okuyama, proprietário rural próximo à sede do município, iniciou sua plantação de uva itália por estaquia. Durante o ano de 1970, sua plantação foi seriamente prejudicada por fenômenos meteorológicos, ocorrendo desigualdade de brotação compulsória através de processos químicos e mecânicos. No ano de 1973, em operação feita com a finalidade de retirar bagas estragadas, o Sr. Okuyama descobriu um cacho com 10 a 12 bagas de coloração avermelhada, de pouco vigor. Dentro da estufa apareceu o segundo cacho de “rubi”, ocasião em que lhe foi solicitado o máximo de cuidado com o local em que se apresentou a mutação da bobulha, pelo Sr. Hashima, que logo verificou que se tratava de uma mutação somática, ocasião de sua visita ao Sr. Okuyama, juntamente com Hishido e Akutagawa para conhecer o fenômeno. Concomitantemente, Okuyama observou quase que diariamente o que ocorria com o cacho. Após 4 anos de observação, cuidou-se da multiplicação, deixando o ramo original, mas aproveitando a ramificação que mantinha a mesma característica. O galho em apreço mostrou que a cor rosada era permanente, de modo que as ramificações de 5 de início, foram separadas da videira-mãe 80 bobulhas de rubi para enxertia e distribuídas para diversos viticultores do Paraná e de São Paulo.
Fonte: Embrapa