Principais Características:
Tipo prioritário de uso: mesa
Características Biológicas: Vigor: moderado.
Características Morfológicas: Folha adulta: grandes ou super grandes, trilobadas ou quinquilobadas, cuneotruncadas, seio peciolar em V aberto, seios laterais superiores em V, medianamente opacas e espessas, limbo e lobos planos; superfície do limbo medianamente bolhosa. Flores: hermafrodita, estames retos, botão globoso/e ou arredondado, médio. Ramos: longo, muito ramificado, casca pouco resistente, destacada em tiras, superfície costada,parcialemente pruinosa, nós levemente globosos, meritalos longos, riscado, gemas pouco salientes, marrons, com pouca velosidade bege. Bagas: grande à média, redonda, pele delicada e tenra, pouco pruinosa, polpa mole sabor doce aromático, levemente foxado.
Resistência à pragas e doenças: à Antracnose: moderada; ao Míldio: moderada; ao Oídio: baixa; à Podridão ácida: alta; à Botrytis: moderada; à Glomerella: baixa
Região de adaptação: RS, SC, PR, SP, ES, RJ, MG, MT, MS e GO
Outras informações: 'Niagara Rosada' substituiu em grande parte Niagara Branca, em virtude de sua coloração rosada mais atraente ao consumidor Brasileiro, especialmente no caso do consumo in natura. Apesar disto também tem alguma expressão na produção de vinho, o qual é elaborado com o descarte da uva para o mercado in natura.
Ano de lançamento da tecnologia: 2014
Origem:
A cultivar surgiu a partir de mutação somática ocorrida em plantas de Niagara Branca, por Antonio Carbonari, em 1933, no município de Louveira, estado de São Paulo. Rapidamente a variedade se disseminou pelos estados do Sul e Sudeste. A partir de vinhedos existentes na área da Estação Experimental da Embrapa Uva e Vinho, o material propagativo foi obtido, tendo sua introdução realizada na década de 80 em Telado do Laboratório da Virologia Vegetal. Posteriormente, a partir de estacas vegetativas, plantas foram formadas e submetidas ao tratamento térmico in vivo para remoção viral durante dois ciclos sequenciais de calor (totalizando 158 dias). Depois deste processo, secções vegetais foram retiradas e estabelecidas in vitro, sendo realizada a regeneração de plantas a partir da extração de meristemas apicais por cultura de tecidos. Estas novas plantas, foram indexadas continuamente por métodos biológicos e moleculares para comprovação de sua sanidade em relação aos principais vírus que infectam a videira, especialmente: os vírus do complexo do enrolamento-da-folha; os vírus do complexo do intumescimento-dos-ramos; o vírus da degenerência-da-videira; o vírus da mancha-das-nervuras e o vírus da caneluras-do-tronco. Em 2007, o material de sanidade superior foi introduzido em Unidade de Validação de Termonúmeros, na Embrapa Uva e Vinho em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul. Em 2014, depois de confirmada sua normalidade agronômica, identidade genética e sanidade viral; foi solicitada sua inserção no Registro Nacional de Cultivares/MAPA, tendo a Embrapa como uma de suas mantenedoras. Em 2015, ocorreu o primeiro edital de comercialização do material vegetal para constituição de jardins clonais em viveiristas licenciados pela Embrapa
Fonte: Embrapa