Principais Características:


Tipo prioritário de uso: 
vinho comum


Características Biológicas: Vigor: moderado. Maturação: média-tardia. Hábito de crescimento: prostrado. Sensibilidade a enxofre: não. Sensibilidade a cobre: alta


Características Morfológicas: Cacho: tamanho pequeno a médio, forma curto cilíndrico, raramente alado, pedúnculo visível. Baga: tamanho grande, redonda, sabor levemente foxado, pele delicada, translúcida, verde esbranquiçada, polpa mole e sucosa. Folha adulta: grandes, trilobadas em geral, cuneiformes, seio peciolar em V aberto, medianamente opacas e espessas, limbo e lobos planos, face superior glabra, nervação regular não saliente, nervura principal verde, dentes irregulares, trisseriados. Flor: hermafrodita, muitas desprovidas de estames. Ramo: longo, fino ou médio, apresentado resto de penugem bege


Resistência à pragas e doenças: à Antracnose: moderada; ao Míldio: moderada; ao Oídio: baixa; à Podridão ácida: alta; à Botrytis: moderada; à Glomerella: baixa


Região de adaptação: RS, SC, PR, SP, MG e MT


Outras informações: 'Niágara Branca' é utilizada principalmente como fonte de matéria prima para a elaboração de vinho comum, muito típico por suas características de aroma e sabor, amplamente aceito pelo consumidor brasileiro. Apesar do seu uso predominante para o vinho, como se encontra difusa em pequenas áreas em várias partes do sul do Brasil também é usada para consumo in natura.

Ano de lançamento da tecnologia: 2015

Origem:
A variedade, obtida por C.L. Hoag & B.W. Clark é resultante do cruzamento entre Concord (Vitis labrusca) e Cassady (vitis vinifera), plantada pela primeira vez em 1868 em Nova York. Por sua origem, é considerada, por alguns autores, como híbrido natural de Vitis labrusca x Vitis vinífera. Porém, geralmente é descrita como uma cultivar Vitis labrusca. A cultivar foi introduzida no Brasil por Benedito Marengo, em 1894, através do estado de São Paulo. Em 1910 atingiu expressão nacional, expandindo-se para outras regiões do país. A partir de vinhedos existentes na área da Estação Experimental da Embrapa Uva e Vinho, o material propagativo foi obtido, tendo sua introdução realizada na década de 80 em Telado do Laboratório da Virologia Vegetal. Posteriormente, a partir de estacas vegetativas, plantas foram formadas e submetidas ao tratamento térmico in vivo para remoção viral durante três ciclos sequenciais de calor (totalizando 171 dias). Posteriormente a este processo, secções vegetais foram retiradas e estabelecidas in vivo. Estas novas plantas, foram indexadas continuamente por métodos biológicos e moleculares para comprovação de sua sanidade em relação aos principais vírus que infectam a videira, especialmente: os vírus do complexo do enrolamento-da-folha; os vírus do complexo do intumescimento-dos-ramos; o vírus da degenerência-da-videira; o vírus da mancha-das-nervuras e o vírus da caneluras-do-tronco. Em 2007, o material de sanidade superior foi introduzido em Unidade de Validação de Termonúmeros, na Embrapa Uva e Vinho em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul. Em 2014, depois de confirmada sua normalidade agronômica, identidade genética e sanidade viral; foi solicitada sua inserção no Registro Nacional de Cultivares/MAPA, tendo a Embrapa como uma de suas mantenedoras. Em 2015, ocorreu o primeiro edital de comercialização do material vegetal para constituição de jardins clonais em viveiristas licenciados pela Embrapa.

Fonte: Embrapa.